"Pela natureza opaca do processo [...] não podemos assumir a responsabilidade pelos resultados que vão ser anunciados", disse a vice-presidente Juliana Cherera, ladeada por outros três comissários, pedindo "calma" aos quenianos.

"As pessoas podem recorrer à Justiça, por isso pedimos aos quenianos que sejam pacíficos, porque o Estado de direito prevalecerá", disse ainda, numa altura em que a tensão aumentava e as brigas eclodiam no centro onde a comissão eleitoral (IEBC) está a gerir os resultados.

Desde o meio-dia que o centro nacional de contagem dos votos, para onde se dirigem todos os olhares, se começou a encher de representantes dos partidos, observadores e diplomatas, que aguardam o prometido anúncio dos resultados há várias horas sob forte vigilância policial.

A comissão tinha anunciado de manhã que os resultados das presidenciais de terça-feira seriam apresentados hoje às 15:00 (13:00 em Lisboa).

Seis dias após 22,1 milhões de quenianos terem sido chamados às urnas, o país espera ainda para conhecer o nome do sucessor de Uhuru Kenyatta, que cumpriu dois mandatos desde 2013 e estava por isso impedido de voltar a concorrer.

A IEBC tem até terça-feira à noite para anunciar o resultado das eleições, em que o duelo entre o vice-presidente cessante William Ruto e Raila Odinga, figura histórica da oposição, poderá tornar-se o mais acirrado da história do Quénia.

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