
"Como é impossível manter todos os 250 deputados na sala da plenária, com distanciamento de dois metros, a solução encontrada foi dividir os deputados pela sala principal, sala reservada aos convidados e público e salas destinadas às bancadas", disse à Lusa Oriel Chemane, diretor de Relações Públicas e Internacionais da Assembleia da República (AR) de Moçambique.
Todos os 250 deputados da AR foram submetidos a testes à covid-19, cabendo ao que tiver testado positivo comunicar à direção do parlamento a sua indisponibilidade para estar presente na sessão, acrescentou Oriel Chemane.
"Os testes foram realizados nos 11 círculos eleitorais em todos os deputados e também a todos os funcionários da Assembleia da República, para que a sessão arranque em segurança", declarou Chemane.
O diretor de Relações Públicas e Internacionais da AR avançou que foi feita a devida marcação de lugares com uma distância de dois metros entre cada um em todas as salas onde estarão presentes os deputados.
Para os deputados que não puderem ficar na sala das reuniões plenárias serão criadas condições de participação nos trabalhos através de plataformas virtuais, frisou Oriel Chemane.
Os trabalhos na AR regressam após cerca de dois meses de interregno para as férias de fim de ano.
A informação da procuradora-geral da República de Moçambique (PGR), Beatriz Buchili, e o debate das propostas de lei da radiodifusão e da comunicação social são as principais matérias da sessão plenária que arranca na quinta-feira.
O dia do arranque da sessão, a terceira da atual legislatura, será preenchido pelos discursos da presidente da AR, Esperança Bias, e dos chefes das três bancadas do parlamento.
Ainda na quinta-feira, será aprovada a proposta de agenda apresentada pela Comissão Permanente do órgão.
A Comissão Permanente da AR submeteu à apreciação da plenária do parlamento 26 matérias.
Moçambique tem um total acumulado de 606 mortes e 56.595 casos de covid-19, após uma subida vertiginosa em janeiro.
Só em janeiro o país registou mais casos e mortes que em todo o ano de 2020, elevando para mais de 300 o número de internamentos, pressionando o sistema de saúde.
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