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A organização não-governamental (ONG) Centro para Democracia e Desenvolvimento sugeriu um "modelo independente" na gestão da Comissão Nacional de Eleições, considerando que a integração de membros indicados pelos partidos políticos compromete a imparcialidade do órgão.
"A forma extremamente vergonhosa como as eleições do ano passado foram organizadas, com a Comissão Nacional de Eleições a assumir-se como jogador e não como árbitro, veio mostrar, uma vez mais, ser urgente a profissionalização do órgão, sob pena de a democracia moçambicana tornar-se, em definitivo, um exercício de fachada", lê-se numa nota do Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD).
Em causa está o facto de que dos 17 membros que compõem a Comissão Nacional de Eleições (CNE), 10 são indicados por partidos políticos com assento parlamentar e sete são propostos por organizações da sociedade civil e eleitos pela Assembleia da República (AR).