"Queremos que os jovens apostem no seu intelecto, nas suas energias e na sua ação coletiva para superar os seus desafios", disse Julião Matsinhe, coordenador da iniciativa, citado num comunicado da ONG distribuído hoje à comunicação social.

Na mesma ocasião, segundo o documento, a ONG lançou o projeto de Construção de Resiliência Juvenil às Drogas, uma iniciativa financiada pelo "Resilience Fund of the Global Initiative Against Transnational Organized Crime" (Fundo de Resiliência da Iniciativa Global Contra o Crime Organizado Transnacional).

O projeto visa sensibilizar as comunidades sobre as consequências do uso abusivo das drogas, bem como criar mecanismos para o combate e denúncia de casos de tráfico de drogas na região.

Os dois projetos são lançados num momento em que Cabo Delgado está sob os holofotes devido à violência armada que se tem registado desde 2017 em alguns distritos do norte da província.

O Governo moçambicano tem anunciado vários projetos que visam criar empregos para a juventude para evitar casos de recrutamento de jovens pelos grupos que têm protagonizados ataques em Cabo Delgado.

A violência armada em Cabo Delgado está a provocar uma crise humanitária com cerca de duas mil mortes e 500 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.

A província onde avança o maior investimento privado de África, para exploração de gás natural, está desde há três anos sob ataque de insurgentes e algumas das incursões passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.

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