Os oito responderam ao concurso lançado em dezembro e entregaram dentro do prazo (última segunda-feira) os documentos de pré-qualificação.

Dois consórcios são chineses (membros principais: Longyuan Power e PowerChina), outros dois japoneses (membros principais: Sumitomo e Kansai), enquanto outros dois são europeus (um da Noruega, liderado pela Scatec, e outro francês, com a elétrica EDF à cabeça).

Há ainda dois consórcios que juntam empresas de diferentes nacionalidades, um deles associando as ilhas Maurícias e a Zâmbia (liderado pela ETC Holdings Mauritius), enquanto outro inclui firmas de Itália e Zimbabué (com a WeBuild Group como membro principal).

Segue-se a avaliação das declarações de qualificação de cada consórcio, após a qual poderão ser apresentadas as propostas de desenvolvimento do projeto hidroelétrico. 

"A assinatura do acordo de desenvolvimento e implementação do projeto será assinado entre a Eletricidade de Moçambique (EDM) e a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), que representam o setor público, e o parceiro estratégico selecionado", refere a mesma fonte, sem adiantar datas.

Há um ano, Carlos Yum, diretor do gabinete de implementação do projeto, disse que a expetativa era de que as obras de construção da barragem arrancassem em 2024 para durar, pelo menos, sete anos.

A infraestrutura está orçada num valor entre 4,5 e cinco mil milhões de dólares (quatro a 4,5 mil milhões de euros) com capacidade para produzir 1.500 megawatts, fazendo de Mphanda Nkuwa a segunda maior hidroelétrica do país, depois da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), que gera 2.070 megawatts.

Com as duas infraestruturas somadas a outros empreendimentos de produção de energia a funcionar em pleno, Moçambique espera alcançar o objetivo de acesso universal à energia e responder ao crescente défice energético que assola a África Austral.

A HCB foi construída ainda durante o período colonial, mas iniciou a produção após a independência de Moçambique em 1975.

Lista de consórcios:

Membro principal, participantes e nacionalidades

1. ETC Holdings Mauritius (ETC Holdings Mauritius, ZESCO) - Maurícias, Zâmbia

2. Longyuan Power Overseas Investment (Longyuan Power Overseas Investment, Dadu River Hydropower Development, China Energy International Group) - China

3. PowerChina Resources (PowerChina Resources, PowerChina International Group) - China

4. WeBuild Group (WeBuild Group, ZESA Holding Private) - Itália, Zimbábue

5. Scatec - Noruega

6. Sumitomo Corporation - Japão

7. EDF (EDF, TotalEnergies Renewables) - França

8. Kansai Electric Power - Japão

Fonte: Gabinete de Implementação do Projeto Hidroelétrico de Mphanda Nkuwa

LFO (PMA) // VM

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