João Cotrim Figueiredo, primeiro subscritor da única moção de estratégia global em discussão na VI Convenção Nacional da Iniciativa Liberal (IL) - que decorrerá até domingo em Lisboa --, apresentou hoje este documento estratégico durante cerca de 40 minutos aos membros do partido.

Em relação à estratégia de alianças para as eleições legislativas, o presidente recandidato começou por reafirmar que "não haverá acordos, nem pré nem pós eleitorais, com PS, PCP, BE e Chega", mas deixou outro aviso.

"Não viabilizaremos uma solução de tipo bloco central", declarou, justificando que esta decisão não é apenas "pelo argumento verdadeiro, mas já gasto de que um bloco central é uma maneira de fazer crescer os extremos do sistema".

Para Cotrim Figueiredo, "se há coisa que eu acho que é necessário ter agora no início de 2022", aquando das eleições legislativas de 30 de janeiro, "é clareza nas escolhas".

"A menos que alguém esteja a pensar que, agora que vem aí uns baús de dinheiro durante alguns anos, que é boa altura para que o bloco central e o bloco dos interesses se voltem a juntar. Connosco não contam para isso", reiterou.

O deputado único liberal deixou claro que o partido "tem como principal objetivo, mais tarde ou mais cedo, mudar o estado das coisas", ou seja, "exercer o poder".

"Não temos pressa, não tomaremos atalhos, não trocaremos convicções por cargos, mas seremos um dia poder em Portugal", afirmou.

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Lusa/fim