"As guerras ganham-se quando se quebra a vontade de resistir ao inimigo" e "os movimentos conseguiram quebrar a vontade de Portugal para resistir ao inimigo", resumiu o coronel Aniceto Afonso, um dos autores da primeira história militar completa da guerra colonial, que é hoje reeditada, numa edição revista e aumentada.
A nova edição inclui um capítulo sobre quem venceu e perdeu o conflito. Para o coronel Carlos Matos Gomes, outro dos autores da obra, a partir do final dos anos 1960, "as forças portuguesas iam cada vez ter menos vontade de combater", estavam a esgotar a capacidade de recrutamento, com a repetição sucessiva de comissões de serviço dos elementos do quadro, enquanto os movimentos de libertação tinham novos equipamentos militares, mais recursos humanos e uma mobilidade maior.