Num discurso proferido no início dos trabalhos daquele comité de pilotagem, a chefe da diplomacia guineense destacou a importância da presença dos parceiros internacionais.

"A sua presença aqui é importante devido à necessidade imperiosa de continuidade do apoio internacional amplo e decisivo aos esforços nacionais de forma a consolidar efetivamente a paz como condição fundamental para o processo de desenvolvimento económico e social da Guiné-Bissau", salientou a ministra.

A governante guineense sublinhou também o interesse do Governo no "diálogo para planificação das prioridades" definidas pelas autoridades guineenses em "prol da consolidação da paz" no país.

A Guiné-Bissau beneficia do Fundo de Consolidação da Paz da ONU desde 2007, mas, segundo o coordenador residente do sistema das Nações Unidas no país, Mamadou Diallo, em 14 anos o país apenas beneficiou do "metade do dinheiro" doado pelos parceiros, num total de 46,7 milhões de dólares.

"Não se conseguiu afetar o dinheiro todo devido ao golpe de Estado de 2012 e à instabilidade política", salientou Mamadou Diallo, para quem o relançamento do comité de pilotagem vai permitir que a Guiné-Bissau volte a liderar o projeto.

"Se o processo tivesse sido conduzido de forma eficiente pelo Governo da Guiné-Bissau tenho a certeza que não estaríamos aqui sentados a discutir como recuperar a restante metade do fundo", afirmou.

Mamadou Diallo garantiu também trabalhar com o Governo guineense para garantir que os fundos serão efetivamente distribuídos para projetos definidos pelas autoridades como prioritários para o desenvolvimento.

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