"O nosso alerta é para o redobrar da vigilância junto da comunidade em relação a todo o tipo de manifestação suspeita, pois o terrorista normalmente vive no seio da população", disse Cristóvão Chume.
O ministro falava, na terça-feira, durante o lançamento da campanha de recenseamento para o serviço militar, na província de Gaza.
Cristóvão Chume defende que o combate aos grupos armados no norte de Moçambique deve ser feito por todos, referindo que a "defesa da pátria não se delega".
"Os outros podem vir apoiar-nos, estar lado a lado connosco, mas este país tem de ser defendido por nós", frisou.
O presidente da 'troika' de Cooperação nas Áreas de Política e Defesa da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) defendeu na terça-feira a prorrogação do mandato das forças que apoiam Moçambique no combate a grupos armados em Cabo Delgado, que deverá ser discutido hoje em cimeira extraordinária.
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu recuperar várias zonas, mas o conflito alastrou em novembro para a província vizinha do Niassa.
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