"Entre 08 e 12 julho entraram nos pontos de entrada no território nacional 155 pessoas, das quais 58 ficaram em autoquarentena e 107 em isolamento em instalações do Governo", disse hoje Odete Viegas, diretora-geral dos serviços de saúde.
"Entraram ainda sete pessoas clandestinamente no território, duas delas estrangeiras que foram deportadas. Os restantes ficaram em quarentena", explicou.
Apesar do fim do estado de emergência, em 26 de junho, muitas das restrições nas fronteiras mantêm-se inalteradas, estando ainda a ser preparado um diploma conjunto dos ministérios dos Negócios Estrangeiros, do Interior e da Saúde, com novas regras.
Odete Viegas falava em conferência de imprensa no Ministério da Saúde para atualização da situação da covid-19 em Timor-Leste, que está sem casos ativos há dois meses e meio.
Apesar de não haver casos ativos, as autoridades de saúde continuam a manter a vigilância tanto no que se refere a quem entra por via área e terrestre no país como na identificação dos postos de saúde de potenciais casos suspeitos da doença.
Desde o início da resposta de Timor-Leste à pandemia o laboratório nacional realizou já 3.440 testes, dos quais 178 aguardam ainda resultados, com cerca de 250 pessoas ainda confinadas (178 em instalações do Governo e 72 em autoquarentena em casa).
Já passaram e completaram o período de quarentena quase 2500 pessoas.
"O trabalho de prevenção e mitigação da covid-19 está agora particularmente concentrado nos municípios de Bobonaro e Covalima, na Região Administração Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA) e na zona da capital de Díli, incluindo na ilha de Ataúro", explicou.
No caso das entradas por terra, o Governo melhorou as condições dos espaços de quarentena obrigatória na vila fronteiriça de Batugadé, na costa norte, onde serão acolhidas as pessoas que entrem esta semana pela fronteira.
Até decisão em contrário, a fronteira terrestre com a metade indonésia da ilha -- nomeadamente a de Mota-ain, no norte da ilha -- abre duas horas por semana à quarta-feira.
No caso das chegadas por ar, o país está atualmente a receber apenas um voo semanal organizado pelo Programa Alimentar Mundial (PAM) -- com funcionários do setor humanitário -- e voos regulares entre Darwin e Díli mediante um contrato que termina este mês com a companhia aérea AirNorth.
Timor-Leste está sem casos ativos da covid-19 há cerca de dois meses e meio e completou no final de junho um período de três meses de estado de emergência.
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