
O equipamento, avaliado em cerca de quatro milhões de dólares (2,7 milhões de euros), vai reforçar a segurança nas fronteiras das províncias de Cabo Delgado e Niassa, no Norte de Moçambique, disse à comunicação social Kimura Hajime, momentos após a assinatura do acordo que prevê o apoio em Maputo.
"O objetivo é combater o terrorismo em Cabo Delgado porque para nós a paz mundial é fundamental", frisou Kimura Hajime.
O equipamento é composto por máquinas de "scan", rádios e viaturas de patrulha, um donativo que o Governo nipónico espera que "fortaleça a capacidade moçambicana de controlo de fronteiras e contribua para o desenvolvimento socioeconómico do país".
A província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique, é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu recuperar zonas onde havia presença de rebeldes, mas a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário.
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