
Em conferência de imprensa, o chefe do Governo de Macau, Ho Iat Seng, lembrou que a estimativa inicial dos impostos este ano sobre as receitas dos casinos de Macau "já tinha sido conservadora", mas que a deteção de casos em agosto e em setembro acabou por frustrar a recuperação daquele que é o motor da economia do território.
Para este ano, o Governo de Macau previa arrecadar em impostos sobre o jogo cerca de 130 mil milhões de patacas (13,9 mil milhões de euros), mesmo assim metade do que estimara no orçamento para 2020.
"As receitas do jogo vão cair e vamos rever o orçamento", disse Ho Iat Seng, lembrando que só este ano as despesas públicas já aumentaram para mais de 100 mil milhões de patacas (10,7 mil milhões de euros).
As receitas do jogo em Macau desceram 47,4% em agosto relativamente ao mês anterior, arrecadando apenas 4,44 mil milhões de patacas (470 milhões de euros).
Tanto em agosto como em setembro, Macau entrou em "estado de prevenção imediata" e avançou para a testagem massiva da população de mais de 680 mil pessoas depois das autoridades considerarem que o território estava "em risco de sofrer um surto comunitário" de covid-19.
O Governo reforçou as restrições fronteiriças e de prevenção na cidade, o que afastou visitantes e afetou a economia, muito dependente do turismo e da indústria associada ao jogo.
Macau é o único local em toda a China onde o jogo em casino é legal. Em 2019, as seis operadoras, Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy, Wynnm, Sands China, MGM e Melco, obtiveram receitas de 292,4 mil milhões de patacas (cerca de 31 mil milhões de euros).
Em 2020, devido ao impacto da pandemia, os casinos em Macau já tinham terminado o ano com uma quebra de 79,3% nas receitas em relação a 2019.
A covid-19 provocou pelo menos 4.752.875 mortes em todo o mundo, entre 232,27 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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