"Não é do interesse de nenhum dos lados que a situação no Médio Oriente piore ainda mais", alertou o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros Geng Shuang.
A China é uma das partes do acordo nuclear iraniano, assinado em 2015 com o intuito de restringir a capacidade de Teerão de desenvolver armas nucleares, e do qual os Estados Unidos se retiraram unilateralmente, em 2018.
Pequim é também um dos principais importadores de petróleo iraniano.
"Convocamos as partes envolvidas a exercerem moderação", apelou Geng. O porta-voz pediu a Teerão e Washington que resolvam as suas diferenças "através do diálogo, negociação e de forma pacífica".
Mais de uma dúzia de mísseis iranianos foram lançados na quarta-feira de madrugada contra duas bases iraquianas, em Ain al-Assad e Arbil, que albergam tropas norte-americanas.
Esta ação foi assumida pelos Guardas da Revolução iranianos como uma "operação de vingança" da morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite Al-Quds, que morreu na sexta-feira num ataque aéreo em Bagdad, capital do Iraque, ordenado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.
O Departamento de Defesa norte-americano confirmou que "mais de uma dúzia de mísseis" iranianos foram disparados contra as duas bases, mas não indicou se resultaram vítimas dos ataques.
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