Segundo o documento hoje divulgado pelo FMI, agravam-se em dois pontos percentuais as previsões feitas em abril para Portugal, que previam uma queda de 8,0% do PIB em 2020.

No entanto, relativamente a 2021, a instituição liderada por Kristalina Georgieva melhorou em 1,5 pontos percentuais a perspetiva da subida do PIB, face aos 5,0% estimados em abril.

Nos números hoje conhecidos, o FMI aponta ainda que a taxa de desemprego em Portugal deverá atingir os 8,1% em 2020 e baixar para os 7,7% no próximo ano.

Já a inflação deverá ser nula (0,0%) em 2020 e de 1,1% em 2021, acompanhando a recuperação económica que o FMI prevê para Portugal no próximo ano.

Em 2019, a economia nacional cresceu 2,2%, a inflação foi de 0,3% e a taxa de desemprego ficou nos 6,5%.

A balança da conta corrente, que em 2019 ficou nos 0,1% do PIB, baixará para -3,1% em 2020 e 3,5% em 2021, segundo as estimativas da instituição sediada em Washington.

Os números do FMI diferem dos divulgados na segunda-feira pelo Governo, no âmbito da proposta do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), já que o executivo prevê uma queda da economia de 8,5% este ano e uma recuperação de 5,4% em 2021.

O Banco de Portugal divulgou as suas previsões para a economia portuguesa na semana passada, estimando uma quebra de 8,0% do PIB em 2020, melhorando a sua anterior previsão de 9,5%.

Já a Comissão Europeia prevê uma queda de 9,8% da economia portuguesa em 2020, uma contração acima da anteriormente projetada, de 6,8%.

Para 2021, Bruxelas estima um crescimento de 6%, acima dos 5,8% da sua anterior previsão.

JE // JNM

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