"Estamos a elaborar um plano detalhado para criar uma nova força de mobilização composta por milhares de ex-militares prontos a regressar ao serviço", explicou o ministro numa mensagem difundida nas redes sociais, na qual justificou esta medida devido ao aumento da tensão na Europa após a invasão russa na Ucrânia.

Poulsen salientou que "a Europa está em conflito" e "o mundo está a mudar rapidamente", o que torna necessário "reforçar urgentemente as defesas da Dinamarca".

Além disso, o Governo dinamarquês anunciou a extensão do período de serviço militar obrigatório para onze meses, uma medida que entrará em vigor em fevereiro de 2026. Serão também introduzidos novos sistemas de defesa aérea, que estarão disponíveis a partir do próximo ano.

No final de março, o chefe das forças armadas dinamarquesas, Michael Hildgard, anunciou que o exército iria também começar a recrutar mulheres, numa tentativa de "mobilizar todo o potencial militar" do país, o que significa que as mulheres dinamarquesas terão de se inscrever durante 2026 na lotaria de recrutamento para serem chamadas no final de 2027.

A Dinamarca enfrenta também as intenções declaradas do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que por diversas vezes admitiu querer tomar a Gronelândia, insistindo que a ilha é essencial para a segurança internacional.

Em fevereiro, o país nórdico anunciou que iria aumentar as despesas com a Defesa na ordem dos 6,7 mil milhões de euros durante os próximos dois anos.

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