Os dois suspeitos pertencem a um grupo responsável pelos assaltos, explicou hoje à Lusa Mauzinho Manasse, porta-voz do comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Manica.

"A quadrilha era liderada por um dos agentes da polícia, com patente de primeira cabo, e um professor, que é irmão do outro agente da polícia envolvido. Este segundo agente dedicava-se a angariar clientes para a compra das motas [depois de furtadas]", avançou.

Durante a operação, que resultou na detenção de mais cinco pessoas, sete motorizadas foram recuperadas, indicaram as autoridades, que admitem a possibilidade de outras pessoas restarem envolvidas.

Nos últimos dois anos, uma série de assaltos contra moto-taxistas no centro e no norte de Moçambique tem preocupado as autoridades.

Os criminosos simulam que precisam dos serviços dos moto-taxistas, com o objetivo de os atacar, quase sempre com recurso a faca ou catana, e de se apoderar das motocicletas.

Desde o início desta onda de crimes, as autoridades moçambicanas anunciaram dezenas de detenções nas províncias de Nampula, Sofala e Manica.

Quase sempre as vítimas que sobrevivem aos ataques são aconselhadas a procurarem as autoridades, mas, na maior parte dos casos, a medida não é eficaz, já que algumas destas motorizadas estão registadas em nome de terceiros e também porque são vendidas em mercados informais.

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