Esta posição foi defendida por António Costa em São Tomé, numa visita de 24 horas e que terminará esta noite com um jantar de Natal com militares portugueses, no qual também estarão presentes o ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante António Silva Ribeiro, e o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André.

"Esta visita, sendo rápida, não deixa de ser também uma visita marcada pelos fortes laços de cooperação que existem entre os dois países e que se consolidou com a recente assinatura [em dezembro] do programa estratégico para a cooperação entre 2021 e 2025", declarou.

Na perspetiva do líder do executivo português, o novo programa vai aumentar as verbas mobilizadas para o desenvolvimento das áreas de cooperação mais tradicionais, como a educação, a defesa e a segurança, mas, agora, também reforçará o setor da saúde.

Após a reunião com o seu homólogo são-tomense, Jorge Bom Jesus, que aconteceu logo após a sua chegada a este país, pelas 16:00, a mesma em Portugal continental, António Costa esteve cerca de 30 minutos no navio-patrulha Zaire, da Marinha Portuguesa, que desde 2018 se encontra em missão em São Tomé e Príncipe, no âmbito de um acordo bilateral.

Acompanhado pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas e pelo ministro da Defesa, o líder do executivo saudou a guarnição e, no final, assinou o livro de honra do navio.

Este navio-patrulha Zaire, operado por uma guarnição mista, atualmente com 23 militares portugueses e 13 são-tomenses, tem como principais missões contribuir para a formação da guarda costeira são-tomense, reforçar a vigilância e a fiscalização dos espaços marítimos neste país e a segurança na região do Golfo da Guiné.

Antes do jantar, António Costa efetuou ainda uma visita ao Hospital Central de São Tomé, que está integrado no projeto de cooperação Saúde para Todos, lançado em 1988 e que é considerado um dos mais importantes da cooperação portuguesa.

O primeiro-ministro visitou o departamento de imagiologia, esteve na unidade de cirurgia deste hospital central são-tomense e assistiu a uma consulta de telemedicina.

A telemedicina é uma área da cooperação que arrancou em 2011 e tem vindo a alargar as áreas de especialidade abrangidas, desde a imagiologia, cardiologia, dermatologia e oftalmologia, passando pelo otorrinolaringologia e gastroenterologia.

Este programa tem já 26 especialidades médicas, entre as quais imagiologia, cirurgia pediátrica, oftalmologia, otorrinolaringologia, dermatologia, gastroenterologia, urologia, cardiologia, cirurgia Geral, anatomia patologia, ginecologia, obstetrícia e combate às doenças não transmissíveis.

No que respeita ao combate à covid-19, Portugal já doou 86 mil doses de vacinas em três lotes diferentes - um de 12 mil e dois de 37 mil -, acompanhadas do material necessário para a inoculação.

"Tive muito gosto de verificar os resultados deste nosso programa Saúde para Todos", afirmou, que antes de se despedir do hospital tirou uma fotografia de grupo com pessoal médico e de enfermagem.

PMF // SF

Lusa/Fim