José Luís Carneiro visitou hoje São Brás de Alportel e Alcoutim, no distrito de Faro, e afirmou que estes contratos permitem uma colaboração para dar resposta a problemas específicos desses territórios, ao discursar na apresentação de um projeto denominado "+ Próximo", que tem como parceiros a GNR, a Cruz Vermelha Portuguesa e a autarquia de Alcoutim.

"Esta metodologia de trabalho, que procura agregar vários níveis de poder público, desde a administração central até à administração local, é também uma metodologia que não apenas agrega atores públicos, mas também agrega atores da vida social, atore sociais, é portanto uma metodologia que é participada, no diagnóstico das necessidades, na identificação daquilo que são dimensões que devem ser trabalhadas do ponto de vista social", afirmou o governante, em Alcoutim.

Com o trabalho feito a "montante, nas famílias, na escola, na habitação, na saúde", a resposta pública "cuida de ter uma sociedade mais segura, mais coesa", e com "menos" intervenção das forças de segurança, "que atuam já, muitas das vezes, a jusante dos problemas", considerou o ministro da Administração Interna.

"O que procuramos fazer com esta metodologia de trabalho dos Contratos Locais de Segurança é diagnosticar aqueles que são pontos críticos do nosso tecido social e atuar nesses pontos críticos do tecido social, procurando preventivamente garantir níveis de realização pessoal e realização social que atenue a necessidade de intervenção das forças de segurança", afirmou ainda José Luís Carneiro.

O governante elogiou a "capacidade" das forças de segurança para "desenvolverem planos de intervenção preventiva em muitos domínios", como o "combate à violência doméstica", a "escola segura" e o "combate" a "condições que fomentam a delinquência juvenil" ou "junto das instituições do desporto" e apontou a necessidade de aprofundar "uma cultura de cooperação com outras forças da sociedade".

O projeto "+ Próximo", destino a promover a segurança da população mais idosa e dispersa pelas pequenas povoações do concelho de Alcoutim, que tem como parceiro a Cruz Vermelha Portuguesa, surge de trabalho realizado pela "autarquia" a "identificar os problemas, as dificuldades" para depois "estabelecer planos específicos, concretos, de intervenção para garantir níveis mais elevados de segurança".

"O mesmo é dizer níveis mais elevados e aperfeiçoados de cidadania e de uma cidadania se quisermos comprometida com os valores da democracia, dos direitos sociais e dos direitos humanos fundamentais. É isso que se esta a falar nestes CLS", disse.

A mesma fonte referiu-se também à "experiência" que testemunhou, durante a manhã, em São Brás de Alportel, onde houve "uma resposta muito tipificada" dirigida a "jovens que tinham alcançado os 18 anos de idade e já não podiam ser acompanhados no âmbito das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens".

"E por isso houve uma resposta adequada para dar continuidade a um trabalho regular com jovens que careciam de uma resposta das instituições que, do ponto vista do desenvolvimento social, concorrem para essa resposta integrada", disse ainda o governante.

MHC // MAD

Lusa/fim