A campanha vai abranger deslocados que se encontram nos distritos de Metuge, Ancuabe e Chiúre e a ambição do governo local é alcançar a meta nos próximos 90 dias, segundo dados da Secretaria de Estado da Província de Cabo Delgado.

"Mais que um ato de registo, esta deve ser assumida como uma campanha de vigilância e que deve assegurar um dos pressupostos mais importantes para o retorno à normalidade", declarou António Supeia, secretário de Estado da província de Cabo Delgado, no lançamento da campanha.

A atividade, que conta com o apoio do Banco Mundial num montante não especificado, vai decorrer principalmente nos centros de realojamento e acampamentos disponibilizados pelo Estado para acolher as populações que fogem à violência armada em Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

A província de Cabo Delgado, é rica em gás natural, mas, aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Há 784 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED.

Desde julho de 2021, uma ofensiva das tropas governamentais com apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu recuperar zonas onde havia a presença de rebeldes, mas, a fuga destes tem provocado novos ataques noutros distritos usados como passagem ou refúgio temporário.

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