Nas declarações aos jornalistas no final da audiência, por videoconferência, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Catarina Martins foi questionada sobre a formalização, feita hoje pelo Governo português, da recandidatura de António Guterres para um segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU.

"É uma boa notícia. António Guterres tem sido, enquanto secretário-geral da ONU, uma voz preciosa em tempos muito difíceis", enalteceu.

A este propósito, a líder do BE defendeu que António Guterres seja "ouvido tanto nas matérias em que se tem envolvido sobre as alterações climáticas" como também "nas questões da crise pandémica e questões tão importantes como a universalização das vacinas".

O primeiro-ministro, António Costa, assinou hoje a carta a formalizar a proposta do executivo português, documento endereçado ao presidente da Assembleia-Geral da ONU e à presidência do Conselho de Segurança, este mês assegurada pelo Reino Unido.

Numa breve declaração aos jornalistas, o primeiro-ministro salientou a "liderança firme" de Guterres em cinco anos "particularmente difíceis" e a importância de reforçar as organizações multilaterais perante os grandes desafios comuns e as "causas comuns" da atualidade.

O mandato de cinco anos de Guterres, que assumiu o cargo de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro de 2017, termina no final deste ano, a 31 de dezembro.

Aclamado pelos 193 Estados-membros da Assembleia-Geral da ONU para o cargo de secretário-geral em 13 de outubro de 2016, António Guterres anunciou, em janeiro último, a sua disponibilidade para cumprir um segundo mandato de cinco anos no período de 2022-2026.

As Nações Unidas deram início este mês ao processo formal de seleção do próximo secretário-geral da organização, ao pedirem aos 193 Estados-membros que submetessem os nomes de candidatos ao cargo.

JF (SCA) // SF

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