
O protocolo será assinado no sábado entre a autarquia e a Associação Bomu Kêlê, dos irmãos Calema, grupo musical composto por Fradique e António Mendes Ferreira que vivem atualmente no concelho do Seixal.
Segundo a autarquia, a Aldeia da Música é um projeto que visa promover a cultura no âmbito da música, e será sobretudo um espaço de apoio e mentoria de artistas e bandas emergentes do concelho do Seixal, no distrito de Setúbal, apoiando na gravação, produção e edição de trabalhos de música.
O espaço multiúsos, em fase de obras, irá contar com dois pisos, estúdio de gravação, camarins, salas de escrita/criação, salas de produção, bar/lounge, secretaria, entre outros espaços, bem como um espaço onde ficará a sede da Associação Bomu Kêlê.
Os Calema irão equipar o estúdio de gravação investindo 140 mil euros, um espaço que será colocado ao serviço das jovens bandas do concelho, sendo mentores para potenciar a sua capacidade para singrar no panorama nacional.
A Associação Bomu Kêlê (significa "Acreditar") nasceu em 2021, pelas mãos dos irmãos António e Fradique, mais conhecidos por Calema, e tem como missão a promoção da educação como instrumento de capacitação de crianças e jovens para um futuro digno e mais promissor.
"A autarquia do Seixal tem assumido um papel importante no apoio a iniciativas de cariz cultural, educativo e social, algo que tem sido desenvolvido ao longo dos anos numa efetiva gestão democrática e com resultados que são visíveis. Este é também um município reconhecido além-fronteiras por ser pioneiro em projetos na área da cultura e educação", refere em comunicado o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva.
Em declarações à agência Lusa, Paulo Silva adiantou que o projeto, que deverá começar em 2026, potenciará os artistas e músicos do concelho "com a ajuda de dois grandes artistas a nível internacional", e permite ter um auditório para que as bandas possam atuar com regularidade.
A Aldeia da Música vai ser criada no espaço que inicialmente estava programado para nascer a Aldeia do Bombo, um projeto desenvolvido pela Associação dos Amigos dos Tocá Rufar (ADAT), que em 2024 revogou o contrato evocando que o município do Seixal, por não ter cumprido a data de conclusão da obra (abril de 2022).
Na altura, a Câmara Municipal do Seixal lamentou a decisão da ADAT de desistir do projeto, que lhe foi comunicada numa reunião de urgência marcada pela autarquia, e referiu que estava à procura de novas parcerias para o desenvolvimento de projetos culturais e formativos.
"Uma vez que se trata de um projeto de parceria entre duas entidades, a desistência de uma das partes determina o fim do projeto, o que a Câmara Municipal do Seixal lamenta", referiu então a autarquia, adiantando que todo o edificado revertia para a câmara.
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