"Neste momento, nós estimamos cerca de 200 mil litros. Até final do ano seguramente vai aumentar, derivada dessas intervenções integradas de várias autoridades que estão no processo do combate à propagação da covid-19. Há um trabalho em conjunto, que está a ser desenvolvido e que os resultados estão a ser conseguidos e que seguramente irá continuar nos próximos dias, para que possamos fazer uma frente forte à questão da propagação da covid-19", disse.

O inspetor-geral da IGAE, que falava aos jornalistas, na cidade da Praia, no âmbito de uma ação de capacitação de agentes sindicais sobre a nova lei do álcool, promovida pela Presidência da República, destacou as ações de fiscalização, mas criticou o comportamento dos cidadãos.

"Por vezes, nota-se resistência, notam-se situações de incumprimentos apesar de uma abordagem preventiva prévia. Nota-se algum desvio em termos de comportamentos que não favorecem a nossa comunidade no sentido do cumprimento da saúde pública. Esta questão para nós é o mais preocupante", lamentou a mesma fonte, que apelou à colaboração das pessoas.

Elisângelo Monteiro lembrou que o consumo de bebidas alcoólicas promove o ajuntamento, quebras as distâncias, promove descuido com a higiene e desencoraja o uso das máscaras, favorecendo tudo o que é a propagação da covid-19.

Em agosto, este órgão de polícia criminal de Cabo Verde informou que cerca de 500 pessoas tinham sido detidas até então pelas autoridades cabo-verdianas por consumo de bebidas alcoólicas na via pública, trancados no interior dos bares a consumirem e em festas nos estabelecimentos.

O consumo de bebidas alcoólicas na via pública, a IGAE relembra que pode valer coima que vai dos 10 mil a 100 mil escudos (90 euros a 906 euros).

Cabo Verde tinha até terça-feira um acumulado de 7.254 casos positivos de covid-19, dos quais dois deles foram transferidos para os seus países, dois óbitos, 6.210 recuperados e continuava com 965 casos ativos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e oitenta e sete mil mortos e mais de 38,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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