Sob o tema "Criar para o Bem-estar", esta edição do Arte Macau 2021 vai estar dividida em várias secções, que se vão focar "na força das artes visuais contemporâneas" para "remodelar o espírito humanista na era pós-epidémica" e "explorar novos modelos e novas ideias de desenvolvimento para as causas culturais e as indústrias culturais", disse a presidente do IC, Mok Ian Ian, na conferência de imprensa de apresentação do evento.

O Arte Macau compõe, este ano, "um panorama cultural singular em Macau, durante o verão e o outono", considerou Mok Ian Ian, sublinhando esperar que o evento, gratuito, atraia mais visitantes ao território.

Também a diretora dos Serviços de Turismo, que organizam o evento em conjunto com o IC, afirmou que o "evento pode contribuir para promover Macau como um destino seguro" em relação à covid-19, uma vez que só foram registados 55 casos desde o início da pandemia, sem que tenha sido detetado qualquer surto comunitário.

"Esperamos um aumento dos visitantes nas férias de verão e no outono", disse Maria Helena de Senna Fernandes, numa referência à chamada "semana dourada", composta por uma série de feriados em Macau e na China.

A Exposição Principal, uma das seis secções que integram o evento, tem a curadoria do diretor da Faculdade de Arte Experimental da Academia Central de Belas Artes chinesa, Qiu Zhijie, "um dos artistas contemporâneos mais influentes da China", indicou a responsável.

Além da Exposição Principal, sob o tema "Avanços e Recuos da Globalização", no Museu de Arte de Macau, vão estar patentes seis peças de arte pública colocadas em diferentes pontos da cidade de artistas da China, da Tailândia, da Argentina, do Egito e de Itália, o evento conta com uma exposição de 12 trabalhos de artistas locais, no Armazém do Boi.

A iniciativa vai estabelecer, pela primeira vez, o Pavilhão da Cidade Criativa, no Centro de Arte Contemporânea de Macau - Oficinas Navais n.º1, Galeria Tap Seac e nas vivendas de Mong-Há, para reunir diversas cidades criativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), nomeadamente Macau (Gastronomia), Nanjing (Literatura), Wuhan (Design) e Linz (Arte dos Media).

Cada uma das seis operadoras de estâncias turísticas e de jogo na região, Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Galaxy, Sands China, MGM, Melco e Wynn, vai organizar exposições com variadas expressões artísticas, incluindo fotografia, instalações, escultura, cerâmica contemporânea e bordados.

A Exposição Colateral conta com a participação de várias instituições de ensino superior - Universidade de Macau, Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, Instituto Politécnico de Macau e Universidade de São José - que apresentam trabalhos de alunos e professores.

O Arte Macau, cuja edição inaugural decorreu há dois anos, pretende impor-se como uma nova marca de turismo cultural, enriquecer o papel do território como centro mundial de turismo e lazer, e demonstrar a relevância da cidade "como base de intercâmbio e cooperação para a promoção da coexistência multicultural, com predominância da cultura chinesa", tal como definido nas linhas de construção da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.

A edição deste ano tem um investimento de oito milhões de patacas (cerca de 845 mil euros) do Governo local.

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