
"Como parceiro estratégico, os Estados Unidos estão empenhados em assegurar a continuidade dos compromissos militares durante um momento tão importante para a segurança nacional de Moçambique", disse o embaixador dos EUA em Moçambique, Dennis Hearne, em comunicado.
A iniciativa pretende "aperfeiçoar competências em operações especiais" e inclui também atividades ligadas à lei do conflito armado, direitos humanos, e treino médico.
Este é o terceiro exercício conjunto desde março de 2021, mas a cooperação entre os dois países tem sido demonstrada com outras iniciativas.
Em novembro de 2021, Stephen J. Townsend, comandante-geral do Africom, o Comando dos EUA para África, visitou Maputo, um mês após a base marítima expedicionária USS Hershel "Woody" Williams ter efetuado uma visita programada ao porto da capital.
O Departamento de Estado dos EUA promoveu em 2021 cursos de cuidados táticos a feridos em combate e treino salva-vidas para as forças armadas moçambicanas, que irão continuar em 2022.
Moçambique participou ainda no segundo exercício marítimo multinacional 'Cutlass Express', em janeiro deste ano, e continua a sua participação de longa data no programa Internacional de Educação e Treinamento Militar (IMET).
A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.
Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes.
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