
A documentação que acompanha a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE), entregue esta semana no Parlamento Nacional e a que a Lusa teve acesso, estima que em 2023 o apoio total não-financeiro dos parceiros de desenvolvimento será de cerca de 162,2 milhões de dólares (164 milhões de euros).
Valor ligeiramente abaixo dos 162,2 milhões de dólares previstos para este ano e um corte face ao aumento significativo que se verificou em 2020 e 2021 (essencialmente devido à pandemia da covid-19), quando atingiu respetivamente os 210,7 e os 199,8 milhões de dólares.
A Austrália (28% do total), as Nações Unidas (14%), Portugal e Japão (representando, cada, 9% do total) e os Estados Unidos da América (8%), são os cinco maiores doadores de Timor-Leste.
A Austrália e Portugal registam os quatro maiores projetos, sendo que no caso de Portugal se trata da Escola Portuguesa Ruy Cinatti/Centro de Ensino e Língua Portuguesa (7,8 milhões de dólares) e das Escolas de Referência/Centros de Formação (5,7 milhões de dólares).
Os documentos mostram que o pilar de capital social será o "maior beneficiário de ajuda", cerca de 60,8% do total de apoio previsto, com os setores da saúde e educação a receberem em 2023 47,7% de toda a ajuda externa ao desenvolvimento.
O pilar de desenvolvimento económico recebe aproximadamente 21,7% da ajuda total, do de apoio a estruturas internacionais cerca de 15% e o de desenvolvimento de infraestruturas dois por cento.
Em termos do destino do apoio, o Ministério da Saúde é o maior beneficiário, com 29 projetos, seguindo-se o Ministério da Agricultura e Pescas com 20 e o Ministério da Educação, Juventude e Desporto com 18.
ASP // VM
Lusa/Fim