Num comunicado hoje divulgado, a agência salienta que a UE se aproxima de um "momento decisivo para a integração do mercado energético" e em que "a plena disponibilização de capacidades transfronteiriças para os fluxos de gás e eletricidade será fundamental", apelando à "solidariedade europeia durante o próximo inverno".

A ACER indica ainda que esta solidariedade está já a ser testada com as consequências da guerra lançada pela Rússia contra a Ucrânia, em 24 de fevereiro, e que muito contribuiu para os aumentos de preços da energia.

"Alguns Estados-membros enfrentam desafios importantes de abastecimento que dificilmente desaparecerão em breve. Outros Estados-membros, mesmo que exportadores líquidos de energia, dependem das importações durante horas significativas durante o ano", alerta ainda a agência da UE, acrescentando que, "se alguns países decidirem restringir as exportações de energia, outros serão seguramente afetados".

O comunicado salienta ainda que a maximização das capacidades do comércio transfronteiriço irá melhorar a segurança do abastecimento energético da UE e ajudar a estabilizar os preços da eletricidade e do gás.

Esta recomendação surge na sequência de os líderes da UE, reunidos na quinta e sexta-feira em Conselho Europeu, terem concordado em trabalhar em medidas para conter os elevados preços da energia, acentuados pela guerra da Ucrânia, e no dia em que os ministros da Eergia dos 27 debatem as propostas apresentadas há uma semana pela Comissão Europeia para enfrentar os elevados preços da energia e eventuais ruturas no fornecimento de gás este inverno.

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Lusa/fim