O adolescente, que esteve sob custódia policial durante quatro dias, foi acusado na sexta-feira à noite de "assassínio organizado" e posse de armas não autorizadas, disse a fonte.

Segundo uma fonte próxima da investigação, o menor é conhecido do sistema judicial. A fonte disse que o menor tinha sido ferido durante o incidente por testemunhas que o impediram de fugir até à chegada da polícia.

O cúmplice do suspeito ainda se encontrava hoje a monte, acrescentou a fonte.

Na segunda-feira à noite, um carro parou em frente de um café na rue Popincourt, no 11.º bairro da capital francesa.

Dois homens saíram e apontaram armas de fogo a outros dois homens sentados na esplanada.

Um dos dois homens, de 38 anos, foi morto e quatro pessoas ficaram feridas, mas não por balas, de acordo com as informações iniciais recolhidas pela polícia.

"Vimos chegar um carro, eles saíram com uma arma - eu diria uma metralhadora ou uma Kalashnikov -, dispararam e fugiram", disse Antoine, o proprietário de um restaurante próximo, à AFP.

"Ouvimos tiros e depois vimos um tipo a entrar no carro (...) que saiu à pressa. E depois ouvimos gritos", disseram à AFP testemunhas, que estavam a tomar uma bebida na esplanada.

De acordo com fontes próximas do caso, a teoria de um ajuste de contas é a mais provável.

A câmara municipal do 11.º bairro de Paris, marcado pelos ataques de janeiro e novembro de 2015, abriu na terça-feira uma unidade de emergência médica e psicológica para testemunhas do tiroteio.

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