O Museu Rainha D. Leonor, em Beja, vai ter como diretora Rita Maia Gomes, licenciada em História, com mestrado em Museologia e doutoramento em História da Arte, anunciou hoje a Museu e Monumentos de Portugal (MMP).

Em comunicado, a empresa pública revelou que a nova diretora do museu alentejano, que sucede a Maria de Jesus Monge, entretanto nomeada para o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, vai iniciar o mandato já em junho.

Rita Maia Gomes, licenciada em História, com mestrado em Museologia e doutoramento em História da Arte, pela Universidade Nova de Lisboa, tem colaborado, ao longo da carreira, com vários museus de arte portugueses, como a Casa-Museu de Leal da Câmara (Sintra), a Casa-Museu Teixeira Lopes/Galerias Diogo de Macedo (Vila Nova de Gaia) e o Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto).

“Nestas instituições, dedicou-se sobretudo ao inventário e estudo de coleções, bem como à conceção e implementação de programas educativos”, explicou, referindo ainda que Rita Maia Gomes “tem desenvolvido investigação sobre arte portuguesa do século XX, museologia e colecionismo”.

O novo concurso para a direção do Museu Rainha D. Leonor e da Igreja de Santo Amaro, em Beja, foi lançado a 25 de fevereiro, na sequência da saída de Maria de Jesus Monge, anunciou na altura a MMP.

Monge tinha sido anunciada como nova diretora do Museu de Beja em janeiro, mas foi também revelada, semanas mais tarde, como a vencedora do concurso internacional para o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, o que implicou o lançamento de novo concurso para o museu alentejano.

Instalado no antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição, o antigo Museu Regional de Beja detém coleções em “áreas temáticas como a escultura, a pintura, a ourivesaria, a azulejaria, as artes decorativas, a metrologia, a etnografia e a arqueologia, com ênfase no território do Baixo Alentejo”, segundo a informação disponível na página da Museus e Monumentos de Portugal.

O museu está encerrado para obras de requalificação que começaram em 2023.

No início de 2024, entrou em vigor a nova orgânica do património cultural em Portugal, com a extinção da Direção-Geral do Património Cultural e a entrada em funções de duas novas entidades: a empresa pública MMP e o instituto público Património Cultural.

De acordo com o decreto-lei que criou a MMP, publicado em setembro de 2023, a empresa teria até junho de 2024 para lançar os concursos internacionais para as direções dos equipamentos que gere, apesar de, em vários casos, estas terem sido alvo de concursos recentemente.

No comunicado divulgado hoje, a empresa pública disse que este “foi o último concurso público internacional para a direção dos equipamentos da MMP”, tendo contado com 14 candidatos.