
O município de Alandroal apresentou esta sexta-feira o “Alandroal 2030”, com o slogan “Progresso com Identidade”.
Um «plano estratégico» que tem por princípio «ajudar-nos a perspetivar o futuro desenvolvimento do concelho», segundo João Grilo, presidente da autarquia, em declarações aos jornalistas.
Desta forma, o plano apresenta cinco eixos, denominados de “GREAT”, onde cada letra do acrónimo forma uma parte do mesmo. Passamos a explicar, com recurso ao documento apresentado.
A letra “G” representa o verde (green em inglês), que tem o objetivo de tornar o Alandroal uma referência em energias renováveis.
O “R” representa o mundo rural e tem como base a transformação do concelho num modelo de dinamização agrícola sustentável.
Já o “E” é de empreendedorismo e pretende tornar o Alandroal num território atrativo para empreendedores e investidores
Por sua vez, o “A” é de autenticidade e mostra a intenção de garantir a preservação dos recursos locais e estimular novas oportunidades económicas.
Por último, o “T” de turismo, onde se quer transformar o município num destino turístico de excelência, combinando autenticidade, sustentabilidade e inovação.
O mesmo documento mostra ainda os investimentos principais, como a aposta na valorização do Guadiana, o Centro Náutico de Juromenha e a requalificação da fortaleza local.
Na vila de Terena, pode ver-se a intervenção no Santuário de Nossa Senhora da Boa Nova, assim como a reabilitação urbana da vila.
Já na sede de concelho, destaque para o Centro Interpretativo do Castelo. No restante território, pode ver-se o Ecovida Parque, em Santiago Maior, mas também o Viveiro de Empresas.
Há também intenções de apostar na linha férrea, na produção de hidrogénio e também na criação de uma Academia das Cozinhas do Rio, em parceria com o concelho de Mértola.
O presidente vincou que este plano deverá «ir além» da data que dá nome ao plano, pois «podemos dizer que estamos a falar de objetivos para uma década».
Esclareceu que o documento foi construído «com todos os investidores que estão, neste momento, presentes» no concelho e que tem como objetivo «ajudar o executivo a ter uma ideia do que é que realmente as pessoas que estão connosco a viver e investir esperam ver acontecer».
«Há outros caminhos que não são tão evidentes e que este plano nos vem ajudar a consolidar e que nos permite ter uma comunicação fácil com potenciais investidores», acrescentou.
Desta forma, é um trabalho para que «se saiba efetivamente onde é que devemos colocar as nossas prioridades».
Questionado se o plano não seria ambicioso, João Grilo atirou que «é concretizável» e que «o percurso de oito anos dá uma certa garantia de que uma grande parte do que está poderá estar no terreno».
Ainda assim, o autarca sublinhou que «há um horizonte de contar que haja uma pequena derrapagem», pois «muitos projetos dependem da do apoio dos fundos comunitários, outros dependem de apoio político a nível nacional». «Vivemos num clima cada vez mais burocrático, em que é cada vez mais difícil lançar novos projetos», complementou o presidente.