Esta iniciativa surge na sequência do anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de aplicar tarifas adicionais de 20%, que se somam às já existentes de 25% sobre os setores automóvel, aço e alumínio.

A reunião, agendada para a próxima semana, contará com a presença de representantes de diversas associações empresariais, incluindo a Associação Empresarial de Portugal (AEP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), entre outras. O objetivo é discutir estratégias para mitigar os efeitos das tarifas e explorar alternativas para as empresas portuguesas afetadas.

O presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, já havia alertado para a necessidade de diversificar os mercados de exportação, especialmente face às medidas protecionistas dos EUA. Projetos como o ‘Business On the Way’ são promovidos para apoiar as empresas nacionais na conquista de quotas em mercados emergentes e não tradicionais.

Por sua vez, a ACAP — Associação Automóvel de Portugal — manifestou preocupação com o impacto das tarifas no setor automóvel europeu. O secretário-geral da ACAP, Helder Barata Pedro, destacou que estas medidas representam um retrocesso significativo no comércio multilateral e podem ter consequências negativas para a economia global e para os consumidores.

A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) também se pronunciou sobre o assunto, salientando que este “momento de tensão” com os EUA exige uma “capacidade de resistência” por parte das empresas portuguesas. O presidente da CIP, Armindo Monteiro, enfatizou a importância de sofisticar a economia e apostar na inovação e valor acrescentado para superar os desafios impostos pelas novas tarifas.

As associações empresariais aguardam agora o desfecho das negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos, enquanto trabalham em conjunto com o Governo português para encontrar soluções que minimizem o impacto das tarifas na economia nacional.