A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA) lançou um concurso público para um reforço da Estação Elevatória dos Álamos.

Um processo que conta com um montante base de 20 milhões de euros e um prazo de execução de 22 meses.

Segundo José Pedro Salema, presidente da EDIA, em declarações a’ODigital.pt, pretende-se instalar duas bombas de sucção, nesta que é a «estação mais importante do sistema Alqueva», localizada no leito do rio Degebe, a cerca de 18 km da barragem de Alqueva.

«A estação foi desenhada para ter seis bombas e, no momento da sua construção, foram apenas instaladas duas. Mais tarde, foram instaladas mais duas e, agora pretendemos instalar as últimas», acrescentou.

Desta forma, a capacidade de resposta vai «aumentar», atingindo a «plena capacidade», ou seja, vão poder «puxar ou empurrar, na teoria, 42 metros cúbicos por segundo».

«É qualquer coisa como uma piscina doméstica a cada dois segundos», exemplificou o presidente, referindo ainda que «cada uma tem sete metros cúbicos por segundo de capacidade».

Estes dois equipamentos afiguram-se assim como uma «necessidade», visto que «começa a haver uma grande procura da água» e «já há culturas instaladas que já estão a precisar dessa água».

Dentro desta procura estão os circuitos hidráulicos e respetivos blocos de rega de Reguengos de Monsaraz, Vidigueira e Messejana, que «estão dependentes desta estação elevatória».

«Tudo o que está instalado está dependente desta estação e a expansão também», referiu José Pedro Salema, dizendo ainda que «não é que seja preciso hoje, mas será preciso, dentro de alguns anos, quando isto estiver pronto e a servir».

Assim, «é preciso avançar em tempo para não termos surpresas desagradáveis», até porque esta é uma primeira empreitada. «Depois há outras», afirmou.

«São tudo peças que vão sendo feitas faseadamente para que quando tivermos as ligações a trabalhar, convém termos já as seis bombas a trabalhar, para garantir a capacidade máxima de resposta», atirou ainda o presidente da EDIA.