
A poucos dias do início da Jornada Mundial da Juventude, o controle fronteiriço tem sido uma enorme precoupação, envolvendo milhares de agentes de autoridade. Temos assistido nos últimos dias à recusa por parte das autoridades de individuos indocumentados, que possam por em causa a segurança do evento de carácter religioso e cultural. Contudo não vem a público o facto do controle das fronteiras não funcionar de forma ininterrupta.
Recentemente, tem sido relatado que, de norte a sul do país, as fronteiras estão a ser controladas e que já foram recusadas a entrada no território nacional a 80 indivíduos. No entanto, o que não tem sido amplamente divulgado é que este controle é feito de forma pontual e programada.
De acordo com as informações transmitidas, a fronteira de Galegos, situada no concelho de Marvão, não conta com qualquer tipo de controlo após as 20h. Segundo a Guarda Nacional Republicana (GNR), o controlo das fronteiras não é ininterrupto e, em determinados horários, deixa de ser realizado. Esta informação levanta questões sobre a eficácia do fechamento das fronteiras e a recusa de entrada de indocumentados em Portugal.
Apesar das autoridades terem registado uma recusa de entrada a 80 indivíduos, fica por apurar o verdadeiro impacto dessa medida, uma vez que os controles não são constantes em todas as fronteiras. O encerramento parcial e programado pode permitir a entrada de pessoas não autorizadas no território nacional, contrariando todas as medidas de segurança inicialmente estabelecidas para a Jornada Mundial da Juventude.