
A posição atual do Partido Socialista sobre o novo acesso à ponte Vasco da Gama levanta acusações de hipocrisia política, quem o diz é o CHEGA Montijo na voz do seu coordenador, Nuno Valente, avançando numa nota de imprensa, que durante os anos em que esteve no Governo, o PS nada propôs sobre esta ligação crucial ao Montijo, mas defende agora o projeto, numa altura em que está fora do poder.
Esta mudança de postura gerou críticas no concelho do Montijo e também em Alcochete, sobretudo pelo contexto: estamos em ano de eleições autárquicas, e muitos veem nesta nova posição uma jogada meramente eleitoralista.
Durante a votação da proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2025, apresentada pelo CHEGA — e que incluía precisamente a construção de um novo acesso à Vasco da Gama — os deputados do PS eleitos por Setúbal abstiveram-se. A abstenção foi acompanhada também pela Iniciativa Liberal e pelo PCP, enquanto PSD, CDS-PP e PAN votaram contra.
O coordenador do CHEGA Montijo na mesma nota que enviou às redações, esclarece que a proposta, identificada como n.º 1635C, foi rejeitada, deixando de fora uma obra considerada essencial para melhorar a mobilidade da população e aliviar os constrangimentos atuais no tráfego da ponte Vasco da Gama.
Nuno Valente, acusa ainda os socialistas de agir por oportunismo político. “O CHEGA assegurará na Assembleia da República, assim como com um reforço de autarcas no Montijo, uma verdadeira defesa das nossas populações”, afirma.
O novo acesso à ponte Vasco da Gama tem sido uma reivindicação antiga dos moradores do Montijo e também dos utilizadores da A12 e A33, que enfrentam diariamente problemas de mobilidade. Apesar disso, não foi dada prioridade à obra durante os últimos anos de governação socialista.
O coordenador do CHEGA salienta que com o PS fora do Governo, a sua nova defesa do projeto surge como contraditória e, para muitos, pouco credível. Esta posição tem sido amplamente criticada nos círculos políticos locais e nas redes sociais, onde a questão da coerência política está no centro do debate.