De acordo com a PM, a apreensão de mais de cinco centenas de espingardas no Rio de Janeiro reflete "o empenho de milhares de polícias que, ao longo do ano, realizaram quase cinco mil operações", a maioria delas em "cenário extremamente hostil", assim como a "quantidade absurda de armas de guerra, com alto poder de destruição, que chegam às mãos de criminosos".

Em 2018 os agentes conseguiram retirar das ruas 330 espingardas, e 382 em 2017.

Segundo uma investigação desenvolvida pela Subsecretaria de Inteligência da PM do Rio de Janeiro, mais de 90% das espingardas apreendidas foram fabricadas fora do Brasil.

"Essas armas, na sua grande maioria, são produtos do tráfico internacional de armas que alimentam as fações criminosas instaladas em comunidades de baixos rendimentos da região metropolitana e de alguns municípios do interior", destacaram as autoridades na sua página na Internet.

O número total de armas apreendidas em 2019, segundo a secretaria da PM, foi de 8,4 mil.

De acordo com o portal de notícias G1, que cita estimativas da Polícia Civil, o Rio de Janeiro é a cidade com mais espingardas no Brasil.

Em março do ano passado, as autoridades policiais do Rio de Janeiro encontraram 117 espingardas incompletas na casa de um amigo do agente militar Ronnie Lessa, acusado de matar, em 2018, a vereadora Marielle Franco, e o seu motorista, Anderson Gomes.

As armas estavam desmontadas em caixas, e faltavam-lhes apenas os canos.

Também no estado de São Paulo o número de espingardas apreendidas em 2019 aumentou.

Em 2018, 164 armas dessa tipologia foram retiradas de circulação. Já no ano passado, o número subiu para 200, de acordo com dados da Secretaria Estadual da Segurança Pública de São Paulo, obtidos pelo canal 'GloboNews', num aumento de 22% face ao ano anterior.

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