"O orçamento está orientado para manutenção do rumo traçado de consolidação orçamental: saldo primário positivo e défice inferior a 3% do PIB [produto interno bruto], em concreto 2,7%, superior, porém, aos 2,5% previstos e aos 1,9% acordados no início da intervenção da 'troika'", refere o analista, que aponta que a "resiliência nesse imperativo merece, naturalmente, total aplauso".

No entanto, "a redução daqueles desequilíbrios orçamentais decorre mais da evolução da receita, que manteve um aumento sem precedentes em 2014, na linha dos anos anteriores e que, portanto, se torna cada vez mais asfixiante, do que da redução da despesa pública, insucesso este que é em parte justificado pelos sucessivos limites constitucionais", acrescenta.