Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,89%, para os 35.650,95 pontos.

Mas as maiores perdas foram registadas pelos outros índices, designadamente pelo tecnológico Nasdaq, que recuou 1,39%, para as 15.413,28 unidades, enquanto o alargado S&P500 desvalorizou 0,91%, para as 4.668,97.

"Voltou a haver alguma inquietação com a variante Ómicron, na medida em que cada vez mais países reportam casos", explicou Angelo Kourkafas, especialista em investimentos na sociedade Edward Jones.

Um primeiro caso de contaminação com a Ómicron na China foi reportado hoje pelas autoridades da cidade de Tianjin, no nordeste do país, enquanto o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, informou sobre a primeira morte no país ligada a esta mutação do novo coronavirus.

"O S&P500 esteve em níveis recorde, portanto não há verdadeiramente causa de preocupação depois da série de subidas da semana passada", considerou Kourkafas.

"Dir-se-ia que a perspetiva de crescimento (da economia mundial) diminuiu", devido às possíveis consequências da ressurgência da pandemia, descreveu Jack Ablin, que dirige os investimentos na Cresset Capital.

Esta mudança de ambiente em Wall Street depois de uma semana fausta transpôs-se também para o mercado obrigacionista.

Assim, o rendimento da dívida pública a 10 anos distendeu-se, dos 1,48% de sexta-feira, para 1,41% de hoje.

A ausência de indicadores macroeconómicos e resultados de empresas contribuiu também para que a atenção dos investidores se focasse na pandemia.

Em termos gerais, reina "um pequeno nervosismo", disse Angelo Kourkafas, em parte ligado à expectativa dos investidores com as reuniões em série dos vários bancos centrais, que vão ocorrer esta semana, desde logo a da Fed, na terça e quarta-feira.

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Lusa/fim