Nervoso antes da decisão do comité de política monetária da Fed (FOMC, na sigla em Inglês), o tecnológico Nasdaq acabou a sessão a valorizar dois por cento e o alargado S&P500 a avançar 1,05%, ao passo que o seletivo Dow Jones praticamente manteve-se estável, com uma subida de 0,02%, segundo os resultados definitivos da sessão.

O FOMC decidiu hoje subir a taxa de juro de referência em 25 pontos-base (um quarto de ponto percentual), o que constitui uma diminuição do ritmo de subidas que vinha a ser seguido.

O presidente da Fed, Jerome Powell, indicou que, pelo menos, duas outras subidas de taxa de juro eram possíveis este ano e rejeitou a ideia de, se a economia se portar como previsto, ocorrer uma redução desta taxa este ano.

Mas, ao mesmo tempo, Powell insistiu no facto de estas decisões continuarem dependentes da informação económica.

"Houve (interpretações) para toda a gente, tanto os 'falcões' (designação relativa aos partidários da repressão a todo o custo do crescimento dos preços) como as 'pombas'" (mais abrangentes na política monetária), comentou Tom Cahill, da Ventura Wealth Management. No conjunto, o tom de Powell "foi muito equilibrado", acrescentou.

A mesma apreciação predominou na B. Riley Wealth Management, com o seu analista Art Hogan a recordar que Powell "pode ser seco e lapidar (...) como em Jackson Hole" - um local de reunião anual de banqueiros centrais --, onde preveniu que a subida das taxas de juro ia "fazer sofrer". Mas, na opinião de Art Hogan, a conferência de imprensa de hoje 2foi tanto de 'falcão' como de 'pomba'".

Já Peter Cardillo, da Spartan Capital, destacou que na praça bolsista o setor dos transportes valorizou em relação à conferência de imprensa de Powell.

"O setor dos transportes é um bom indicador sobre como a economia vai comportar-se dentro de seis meses", avançou.

E, de facto, hoje as transportadoras aéreas tiveram um bom dia, com a Delta Airlines a ganhar 2,02% e a American Airlines 3,41%.

RN // RBF

Lusa/fim