Foi a terceira subida anual seguida, embora os números mostrem uma pequena desaceleração face ao ritmo de crescimento registado em 2017 (2,1%) e 2018 (2,3%).

Isabella Nunes, gestora da análise do IBGE, avaliou que a autorização de utilização de verbas de um fundo depositado por empresas para os trabalhadores que é administrado pelo Governo a partir do mês de setembro e a melhoria na concessão de crédito explicam o resultado do setor.

Apesar do aumento anual, as vendas no retalho caíram 0,1% em dezembro em relação a novembro, mas cresceram 2,6% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Sete das oito atividades analisadas pelo IBGE apresentaram resultados positivos na comparação anual, de entre as quais se destacam produtos farmacêuticos (6,8%) e móveis e eletrodomésticos (3,6%).

"O comércio ainda não se recuperou totalmente da crise de 2015 e 2016, mas está no seu melhor desde outubro de 2014", frisou Isabella Nunes.

O Brasil ainda recupera de uma grave crise económica registada entre 2015 e 2016, quando o seu Produto Interno Bruto (PIB) caiu em torno de sete pontos percentuais.

Nos dois anos seguintes, o Brasil experimentou uma recuperação económica lenta e gradual, com crescimento de 1,1% em 2017 e também em 2018.

Os dados de 2019 ainda não foram divulgados, mas o mercado projeta um crescimento de cerca de 1,2%.

O Governo brasileiro prevê para este ano um crescimento económico de 2,4%, no entanto, os números divulgados em janeiro e também a apreensão que tomou conta dos mercados globais com o impacto do surto do novo coronavírus na China podem atrapalhar a confirmação desta projeção.

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