Fernando Medina assumiu esta posição na abertura da sessão de lançamento do 'website' do novo Guia do Emitente, promovida pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"A transição para um modelo de financiamento com maior contributo do mercado de capitais não é fácil ou imediata, mas é essencial", disse o ministro, acentuando, porém, os "bons argumentos" para que este caminho seja percorrido "de forma ponderada e equilibrada".

Entre esses "argumentos" destacou o facto de o reforço dos capitais próprios e a diversificação do tipo de fontes de financiamento reduzirem as dependências das empresas, permitindo-lhes tornar-se mais resistentes a choque externos.

A isto, acrescentou, soma-se a maior facilidade em financiar novos projetos de inovação através de instrumentos de mercado do que por financiamento bancário tradicional.

O ministro das Finanças aludiu ainda aos autores que defendem que a presença em mercado e o escrutínio dos acionistas convidam a uma maior profissionalização da gestão e potenciam crescimento das empresas.

"A obtenção de capital e financiamento em mercado de capitais, em complemento ao financiamento bancário pode conferir maior estabilidade e capacidade a um setor empresarial para crescer e aceder a novos mercados, ao mesmo tempo que estimula crescimento e resiliência das empresas", precisou Fernando Medina.

O Guia do Emitente, uma nova ferramenta digital, visa, segundo a CMVM, "acompanhar e ajudar as empresas a tomarem decisões informadas de financiamento, com base no conhecimento das alternativas", para que possam "considerar aquelas que melhor se adaptam à sua visão e ambição".

O Guia do Emitente disponibiliza, assim, informação sobre "as etapas da jornada de acesso ao mercado de capitais" -- desde o planeamento até à admissão à negociação, passando pela preparação e pela oferta -- dando a conhecer "as características, vantagens e desvantagens das diferentes opções disponíveis às empresas".

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