
"Fizemos um pré-acordo e foi assinado uma ata", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Finanças.
"Temos um pacote de seis reivindicações e era inconcebível que saíssemos de uma negociação sem que nada ficasse escrito e assinado pelas partes", acrescentou.
Alexandre Costa disse que na base da greve estava "a falta de entendimento entre a entidade patronal e o sindicato em termos de assinatura de documento que possa provar que algo foi garantido em relação" às suas reivindicações.
O responsável não avançou o conteúdo do compromisso entre ministro do Planeamento, Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz, e os trabalhares, que consta na ata assinada.
Um dos principais motivos da reivindicação dos trabalhadores das Finanças, das Alfândegas, das Estatísticas e da Inspeção-Geral de Finanças refere-se ao "reajuste salarial" que o executivo projetou implementar a partir do Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2021.
Esse reajuste vai obrigar à redução em determinados salários e subsídios praticados na administração pública que os trabalhadores reivindicam como sendo "direitos adquiridos".
Em várias empresas e institutos do Estado os diretores e vários quadros superiores auferem salários e subsídios exorbitantes que em muitos casos ultrapassam o vencimento mensal do Presidente da República.
O Governo do primeiro-ministro Jorge Bom Jesus decidiu que é necessário estabelecer regras e reajustar os salários, com objetivo de elevar o nível dos vencimentos mais baixos praticados no país, que atualmente na função pública é equivalente a 40 euros.
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