
Numa nota, o ministério indicou que, desde as 08:50 horas (01:50, em Lisboa), foram detetadas 32 incursões de vários tipos de aeronaves chinesas, incluindo caças Su-30, aviões de alerta precoce KJ-500 e veículos aéreos não tripulados ('drones'), a realizar atividades no mar.
Do total destas aeronaves, 16 cruzaram a linha divisória do Estreito de Taiwan e entraram nas regiões norte, centro e sudoeste da autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) taiwanesa, para levar a cabo uma "patrulha conjunta de preparação para o combate" com unidades da Marinha.
"As Forças Armadas empregaram meios conjuntos de inteligência, vigilância e reconhecimento para um controlo rigoroso, e mobilizaram aeronaves de missão, navios e sistemas de mísseis costeiros para responder adequadamente", sublinhou o MDN, acrescentando que as ações do Exército chinês visam "hostilizar as águas e o espaço aéreo circundante" de Taiwan.
Na sexta-feira passada, pouco depois de uma chamada telefónica entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, o MDN reportou outra "patrulha conjunta de preparação para o combate" nas proximidades do território taiwanês.
Nesse dia, 15 aeronaves chinesas, entre elas caças J-16 e veículos aéreos não tripulados, cruzaram a linha média do Estreito e acederam às regiões norte, central e sudoeste da referida ADIZ.
As tensões entre a China e Taiwan, ilha governada autonomamente desde 1949 e considerada por Pequim como uma "parte inalienável" do seu território, têm-se agravado desde a tomada de posse do líder taiwanês William Lai, em maio do ano passado.
Em 2024, o MDN registou um total de 3.067 incursões de aeronaves militares chinesas perto de Taiwan, um aumento de 80% face ao ano anterior e o valor mais elevado desde que estes dados começaram a ser divulgados.
Entre 01 de janeiro e 10 de junho deste ano, o ministério contabilizou já 1.747 incursões, mais do dobro do registado no mesmo período em 2024.
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