A combinação de restrições às viagens internacionais e domésticas "limitam a mobilidade de uma parte significativa da força de trabalho de Balama e a empresa irá suspender temporariamente a produção [na mina] a partir de 28 de março", anunciou a Syrah, em comunicado.

"As ordens de venda do 'stock' de produtos acabados continuarão a ser despachadas", uma vez que se mantém "a expedição através do porto de Nacala", acrescentou.

Na terça-feira, a empresa tinha já anunciado a paralisação de uma fábrica nos Estados Unidos, que usa minério de Moçambique, devido às restrições impostas pela pandemia no país.

"A Syrah continua a esperar que o saldo de caixa no final do trimestre esteja amplamente alinhado com a orientação existente de 64,6 milhões de dólares (59,5 milhões de euros)", indicou.

O nível de liquidez e uma recente reestruturação de custos devem permitir à empresa "gerir um período prolongado de incerteza", concluiu.

Em 2019, a Syrah anunciou uma redução em cerca de um terço no número de trabalhadores em Moçambique.

Foi uma das medidas de contenção de despesas tomadas depois da queda do preço de venda do minério à China, levando a uma redução da produção da mina de Balama.

A mina iniciou a produção comercial há três anos, empregando cerca de 650 trabalhadores, quase na totalidade moçambicanos.

A China é o grande mercado da empresa, sendo o minério usado na produção de baterias para carros elétricos.

No final de 2019, a grafite passou também a abastecer a fábrica da empresa nos EUA.

LFO // EJ

Lusa/Fim