
"O ministro das Pescas, Agricultura e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe, Francisco Ramos, sugeriu ao secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, a elaboração de um memorando entre a região e o antigo território português, visando, em particular, a cooperação institucional nas áreas das pescas, aquacultura, formação técnica e científica", lê-se na informação divulgada pelo gabinete do governante madeirense.
O ministro são-tomense chefia uma delegação governativa do seu país que está a efetuar uma visita à Região Autónoma da Madeira, tendo mantido reuniões de trabalho com o secretário do Mar e Pescas e a diretora do Mar madeirenses.
Também visitou o Centro de Maricultura da Calheta, a lota e o entreposto frigorífico do Funchal.
No documento distribuído pelo Governo da Madeira sobre a visita é referido que "além da cooperação técnica, científica e profissional, o ministro revelou que São Tomé tem áreas de investimento que podem interessar aos empresários madeirenses".
Também menciona que Francisco Ramos convidou o secretário regional de Mar e Pescas a visitar oficialmente São Tomé e Príncipe.
Falando sobre a deslocação ao Centro de Maricultura da Calheta, menciona que o governante visitante considerou que esta é uma área de "grande interesse para São Tomé", tendo mostrado "interesse em ter técnicos santomenses formados na Madeira e obter conhecimento técnico e científico sobre o setor".
"O objetivo da minha visita é fazer com que as coisas aconteçam, se realizem", disse Francisco Ramos, citado na nota.
"Muitas vezes nestes encontros dão palmas, abrem garrafas de champanhe, mas não se faz nada, não é para isso que estou aqui", acrescentou.
Por seu turno, o secretário de Mar e Pescas madeirense declarou que o governo regional privilegia "a abertura ao exterior daquilo que se faz bem na Madeira", mencionando que o ministro português do Mar já reconheceu publicamente que "o país aprendeu muito com o conhecimento e a maturidade da Madeira na área da aquacultura".
Teófilo Cunha mostrou abertura das autoridades regionais para cooperar com a antiga colónia portuguesa "nas áreas em que os interesses mútuos se cruzem" e tragam "prosperidade e riqueza" aos dois territórios.
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