A Altice Portugal anunciou esta terça-feira que as receitas obtidas no primeiro trimestre de 2025 aumentaram 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado, para 697 milhões de euros, “apesar da redução das receitas registada na Altice Labs”, o centro de inovação do grupo.

“Excluindo a performance da Altice Labs, o crescimento das receitas acelerou 7% face a igual período do ano anterior, beneficiando dos aumentos de 8,4% no Segmento Consumo, suportado essencialmente no negócio de energia, e de 5,3% no Segmento de Serviços Empresariais”, detalhou a empresa liderada por Ana Figueiredo.

Por sua vez, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recuou 5,6% no primeiro trimestre de 2025, fixando-se nos 244 milhões de euros. Já se excluirmos o contributo da Altice Labs, a descida foi mais modesta, de 1,4%.

De acordo com a empresa, esta queda explica-se, em grande parte, pelo aumento dos custos diretos e comerciais associados à expansão da base de clientes no segmento de Energia, bem como de efeitos sazonais, cujos detalhes não foram especificados.

A Altice Portugal terminou o primeiro trimestre de 2025 com cerca de 14 milhões de serviços ativos, entre fixos e móveis, e 1,7 milhões de clientes particulares. Os serviços fixos cresceram 0,8% face ao ano anterior, totalizando 6 milhões, com destaque para a televisão por subscrição e a internet fixa, ambos com 1,9 milhões de clientes. Já os serviços móveis pós-pagos somaram 5,3 milhões de clientes, mais 22 mil do que no final de 2024, um crescimento impulsionado pelos pacotes que juntam vários serviços numa só fatura.

“No final do 1º trimestre de 2025, a Altice Portugal conta com 6,6 milhões de casas com fibra ótica e uma cobertura populacional de rede 5G de 96,82% e de 99,98% na rede 4G. Cerca de 89% da Base de Clientes de Consumo, do Negócio Fixo, tem como tecnologia de base a fibra ótica”, detalhou a empresa.

O investimento da Altice Portugal ascendeu a 100 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o que representa um aumento de 1,3% face ao mesmo período do ano anterior. “Este aumento reflete a ambição da empresa para o futuro num
setor que enfrenta desafios cruciais, como a atualização tecnológica, a segurança, a expansão e a melhoria da qualidade da conectividade”, justifica.

“Investimos 100 milhões de euros num único trimestre — um investimento que não é apenas expressivo, é estruturante e necessário para o país. Porque não basta acompanhar o setor: é preciso moldá-lo”, afirmou Ana Figueiredo, em comunicado.