O valor faz parte de um total de mil milhões de dólares (820 milhões de euros) gastos com empresas registadas em Moçambique, nas obras do complexo industrial e infraestruturas associadas em Afungi, província de Cabo Delgado.
O número global representa um incremento da ordem dos 50 milhões em relação à última atualização em dezembro de 2020.
O investimento naquilo que é designado como "conteúdo local" - no sentido de serem aquisições feitas dentro do país - vão continuar a crescer, decorrendo a fase de construção do empreendimento que vai começar a exportar gás liquefeito em 2024.
"O nosso foco, em parceria com o Governo Moçambicano, é aumentar a competitividade das companhias locais para maximizarmos as oportunidades para a participação local", referiu Thomas Rodriguez, gestor de Conteúdo Local da Total, citado no comunicado.
Segundo a petrolífera, as oportunidades de negócio para 2021 incidem "no fornecimento de bens e serviços nas áreas de saúde e segurança no trabalho, recursos humanos, construção, manutenção, mecânica, restauração, hotelaria, gestão de acampamentos, transporte e equipamentos elétricos e de escritório".
A Total pretende também desenvolver iniciativas de capacitação através de um Programa de Desenvolvimento Empresarial que, "será lançado em breve", referiu.
O empreendimento em construção em Afungi, Palma, é o maior investimento privado de África, que enfrenta a ameaça de ataques armados que grassam na província de Cabo Delgado há três anos.
No final de 2020, os ataques aproximaram-se do perímetro de obras, obrigando a Total a reduzir o pessoal até que haja um reforço das condições de segurança - tema que tem sido tratado com o Estado moçambicano.
No entanto, apesar das ameaças, a empresa tem mantido o prazo de 2024 para início de produção.
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