Apesar da subida mensal, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, a produção industrial da maior economia da América do Sul acumulou uma queda de 5,8%, segundo dados divulgados pelo IBGE.

A produção industrial brasileira também está 18,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.

O desempenho modesto do setor continua a refletir os impactos da covid-19, que tem causado falta de abastecimento de alguns consumíveis e dificultado o acesso a matérias-primas, além de problemas internos como a inflação, juros altos e o desemprego.

André Macedo, gerente de pesquisa do IBGE, avaliou que embora acumule um crescimento de 2,8% nos últimos 12 meses, os dados indicam "uma perda de intensidade" na produção industrial do país, o que acontece desde agosto passado, quando o indicador ficou em 7,2%.

"Dois anos após o início da pandemia, a indústria ainda está abaixo desse patamar pré-pandemia", completou Macedo.

De acordo com o relatório do IBGE, em fevereiro o setor industrial brasileiro registou taxas positivas em todas as quatro grandes categorias económicas pesquisadas, entre as quais se destacaram a indústria extrativa e os produtos alimentícios, com avanços de 5,3% e 2,4%, respetivamente.

O Brasil encerrou 2021 com expansão da sua produção industrial de 3,9% face a 2020, após dois anos negativos, em linha com a tímida recuperação económica do país no segundo ano da pandemia.

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