
"Reconhecemos que a comercialização agrícola, na sua amplitude, enfrenta vários constrangimentos. Mas a nossa estratégia visa garantir maior competitividade a toda cadeia de valor", declarou Filipe Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava durante o lançamento da campanha em Marracuene, na província de Maputo.
A nova campanha tem a duração de um ano e ambiciona disponibilizar 15 milhões de toneladas de diversos produtos para o mercado, contra os 13,8 milhões de toneladas na campanha passada.
Do total que se espera atingir, os cereais deverão representar 24%, e 53% serão de raízes e tubérculos.
Além de garantir maior competitividade ao setor, o chefe de Estado moçambicano disse que o objetivo do seu executivo é garantir benefícios para pequenos agricultores.
"O setor familiar é responsável pela maioria dos produtos consumidos e exportados. Mas este é o setor que menos beneficia do esforço de produção porque enfrenta muitas dificuldades no seu relacionamento com os mercados", declarou.
Na última campanha em Moçambique, segundo dados oficiais, o Instituto de Cereais disponibilizou 100 milhões de meticais (1,2 milhões de euros) para apoiar comerciantes de produtos agrícolas nas zonas rurais.
No quadro destes esforços, no ano passado, o executivo moçambicano criou também o Fundo Rotativo para Comercialização Agrícola, instrumento que, através de linhas de crédito estabelecidas com instituições financeiras e de desenvolvimento, apoia os pequenos agricultores nas zonas rurais, com destaque para as mulheres.
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