
"Também produção de baterias. O país é detentor de grandes minérios, grafite por exemplo, nas províncias do norte, Cabo Delgado e agora em Niassa vamos começar. Essas condições existem, não só para extração mas também para transformação", disse Nyusi, no Fórum de Investimento Moçambique - Árabe, que arrancou hoje em Maputo.
Ao intervir na sessão de abertura, o Presidente da República destacou a "preponderância" e "crescimento" do investimento dos países árabes no continente, e em concreto em Moçambique, desafiando aqueles investidores a entrarem na produção agrícola e industrial, petróleo e gás, transportes ou turismo, enquanto áreas chave para o desenvolvimento nacional.
"Mobilização de investidores árabes para setores económicos de elevado potencial no país e atrair investimento para projetos selecionados e promoção de investimentos e estabelecimento de parcerias estratégicas de negócios no setores do agronegócio, indústria, infraestruturas, turismo e energia, bem como oportunidades de exportação para o mercado árabe", apontou Nyusi.
Este Fórum de Investimento Moçambique -- Árabe reúne em Maputo, até quinta-feira, empresários moçambicanos e investidores dos países árabes, numa organização em que participa igualmente o Banco Árabe para o Desenvolvimento de África (BADEA).
"Potenciar o investimento nas energias renováveis, especialmente solar, mas ao mesmo tempo em recursos minerais estratégicos para a produção de baterias. Moçambique está nas melhores condições para produzir energia solar, talvez um dos melhores espaços que existem na região", avançou Nyusi, na mesma intervenção.
A agricultura é outra das apostas que o chefe de Estado vê para os empresários árabes, a pensar no contexto nacional, do continente e para exportação: "Estamos a preparar ainda este ano, dentro de dois ou três meses, assinar acordo de fornecimento de feijões para a China e as quantidades são enormes. O que significa que precisamos de produzir para sustentar esse interesse".
Na mesma ocasião, o presidente do BADEA, Sidi Ould Tah, recordou que em 50 anos de cooperação, a instituição já financiou projetos e ações naquele país africano com 600 milhões de dólares (553 milhões de euros), em diversas áreas, e procura neste fórum "explorar meios e formas de atrair investidores árabes para aproveitarem as principais oportunidades de investimento em Moçambique".
"O Fórum Árabe de Investimento em Moçambique é apenas um ponto de partida para uma longa jornada que faremos juntos para trazer mais investimentos para este belo país", garantiu Sidi Ould Tah.
PVJ // JMC
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