
No tradicional discurso de final do ano, Sissoco Embalo defendeu que, apesar de ter sido um ano difícil, 2022 foi de desafios que, disse, permitiram à Guiné-Bissau "registar acontecimentos marcantes no plano nacional e internacional".
"A Guiné-Bissau conseguiu uma maior visibilidade e credibilidade, atingindo níveis inéditos. Pela primeira vez, desde 1975, o Presidente da República da Guiné-Bissau, preside à Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO", enalteceu Embaló.
O Presidente guineense observou ainda que o país "soube posicionar-se com sucesso" no concerto das nações, "fazendo-se ouvir" nas conferências e eventos internacionais e ainda "participou ativamente" na procura de soluções pacíficas e duradouras para os conflitos que assolam a sub-região, África e o resto do mundo, disse.
Umaro Sissoco Embaló afirmou que o país "viveu efetivamente um ano de intensa atividade diplomática", com enfoque na promoção das potencialidades económicas, culturais e turísticas visando a atração do investimento estrangeiro.
Notou que as conquistas a que se refere foram alcançadas numa altura em que o mundo ainda estava a recuperar dos efeitos da pandemia da covid-19 e abalado pela subida de preços de produtos alimentares e petrolíferos, fruto da guerra no leste da Europa.
"Neste contexto difícil, alcançámos resultados notórios em várias frentes, graças aos nossos próprios esforços internos, à cooperação e solidariedade de parceiros e amigos", declarou Sissoco Embaló.
A nível interno, o Presidente guineense entende que foi registado "um salto qualitativo" na luta contra a corrupção e prometeu "redobrar a atenção" nas questões sociais, nomeadamente Educação, Saúde e infraestruturas públicas, com vista à melhoria das condições da população.
"Importantes obras de requalificação urbana estão em curso na cidade de Bissau. Trata-se de uma transformação de que Bissau precisava e que não acontecia desde a independência", sublinhou Umaro Sissoco Embaló.
O Presidente evocou a tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro, como "um dos momentos mais difíceis do ano" e considerou que "era uma clara tentativa de reverter as mudanças positivas" que, disse, estão em curso na Guiné-Bissau.
Umaro Sissoco Embaló aproveitou para voltar a apelar aos cidadãos em idade de votar para se recensearem tendo em vista as eleições legislativas marcadas para 04 de junho de 2023.
"Façamos tudo para demonstrar a nossa maturidade política, dignificar a nossa democracia e a Guiné-Bissau", observou Embalo, que ainda felicitou os guineenses que alcançaram sucessos em 2022, o que, disse, ajudou a engrandecer o prestígio do país.
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