Esta contração, uma estimativa rápida divulgada hoje pela agência federal de estatística alemã, Destatis, surge depois de um crescimento moderado registado no último trimestre de 2020, quando o PIB cresceu apenas 0,5%.

O Governo alemão prevê um aumento do PIB de 3,5% em 2021.

No conjunto de 2020, a economia alemã contraiu-se 5%, num ano em que a pandemia provocou uma queda de 9,7% no segundo trimestre do ano, parcialmente compensada pela forte recuperação de 8,7% no terceiro trimestre.

A Destatis afirmou que depois da ligeira recuperação registada no final de 2020 "a crise da pandemia provocou um novo declínio no desempenho da economia. O consumo privado foi, portanto, particularmente atingido, enquanto as exportações foram um apoio".

O valor para o primeiro trimestre de 2021 traduz uma queda de 3% do PIB corrigido em comparação com o mesmo período em 2020, afirmou a Destatis, que acrescentou como comparação que o PIB nos primeiros três meses deste ano foi 4,9% inferior ao do último trimestre de 2019, ou seja, antes da crise pandémica.

Apesar do declínio anunciado hoje, o Governo alemão comunicou recentemente que espera que em 2021 se confirme o bom desempenho da indústria e das exportações, e que se cumpra uma previsão que melhora em cinco décimas de ponto percentual, inicialmente anunciada em janeiro passado.

Berlim confirma, no entanto, que a economia alemã, a mais forte da União Europeia, não será provavelmente capaz de recuperar os níveis pré-crise até ao primeiro semestre do próximo ano.

As previsões do Executivo estão aproximadamente no mesmo intervalo que as publicadas pelos principais institutos de investigação económica do país, que recentemente previram que o PIB poderá crescer 3,7% em 2021%.

Por outro lado, o conselho consultivo económico do Governo alemão estimou em março que o PIB do país iria crescer 3,1% este ano.

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